Entre o concreto e o percebido
o distrito de Águas de São João representado em mapas mentais
Palavras-chave:
Águas Sulfurosas, Simbolismo, Mapas mentaisResumo
Esse resumo traz um pequeno fragmento das reflexões desenvolvidas no relatório técnico do Mestrado Profissional em Estudos Culturais, Memória e Patrimônio (PROMEP/UEG). Busca-se, aqui, por meio de um levantamento bibliográfico desenvolver uma análise sobre o simbolismo do distrito de Águas de São João e como esse está presente nos próprios habitantes. Por meio de estudos desenvolvidos, historicamente, esse distrito é conhecido na região por sua festividade em homenagem ao padroeiro local (São João Batista) e pelas águas sulfurosas, tidas como milagrosas. Esses elementos estão presentes nas narrativas que versam sobre a descoberta do local, a criação do distrito, o fluxo das pessoas e a presença de moradores no local. Os relatos de milagres são marcas nas memórias das pessoas que vivem no distrito, bem como dos turistas, mas podem, também, ser encontrados em reportagens passadas, (revista Informação Goyanna), uma obra local (Águas de São João), um texto de Zoroastro Artiaga e vídeos encontrados no YouTube. Cada um dos elementos citados, respeitando sua origem temporal, contribuiu (e contribui) para o fortalecimento do imaginário e simbolismo do local. A história do distrito e das pessoas que ali habitam são atravessadas pelas águas sulfurosas e se propagam pelo tempo e espaço por meio das narrativas de milagres. Além de autores da historiografia local, Gaston Bachelard, Roberto Lobato Correa e Sandra Jatahy Pesavento contribuem com as reflexões sobre os temas de imaginário e monumentos. Um dos pontos centrais da pesquisa está no uso de mapas mentais. Estes, conforme análises de Salete Kozel, são utilizados como forma de permitir que pessoas do distrito possam representar o local em que vivem. Em conexão com as informações históricas do local, as narrativas do passado e presente que coexistem na dinâmica atual de Águas de São João, as ponderações sobre o simbolismo e a construção do imaginário, busca-se compreender como os mapas mentais podem representar (ou apresentar) o desenvolvimento dos laços sociais ali construídos.