ESPALHAMENTO URBANO E SEGREGAÇÃO SOCIAL: O CASO DO BUENA VISTA

Autores

  • Fernanda Nunes Borges Universidade Estadual de Goiás
  • Mayumi Yoshida Carrijo Universidade Estadual de Goiás
  • Kharen Baptista Profeta Universidade Estadual de Goiás
  • Pedro Henrique Gonçalves Universidade Estadual de Goiás

Resumo

 

Desde a década de 1980, em diversas cidades brasileiras o problema habitacional em função da migração urbana da população do campo para a cidade – um problema não só brasileiro, mas mundial –, somada à falta de rigor na fiscalização da ocupação urbana por parte do poder público sopitou de tal forma que as autoridades foram obrigadas a tomar providências ativas.

Foram então identificadas áreas/zonas na cidade com ocupação irregular, precária e desordenada – denominadas favelas e invasões. Essas zonas foram chamadas de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social. No entanto, o Estado decidiu que a maioria dessas áreas centrais ocupadas com sub-habitação deveriam ser completamente removidas de seus locais e reassentados em outros. Para isso, foram escolhidas na cidade outras zonas que pudessem receber essa população, em glebas vazias, sem parcelamento urbano, onde o valor do terreno fosse de baixo custo. Assim, foram traçadas outras ZEIS dentro da cidade.  O autor Caio Santo Amore classifica as ZEIS em dois principais tipos: ZEIS 1 – vazias – áreas destinadas à assentamentos de baixo custo, e ZEIS 2 – construídas – áreas existentes com habitações precárias. A busca por terrenos de baixo custo resultou em assentamentos urbanos destinados à classe baixa em locais muito afastados da cidade e com infraestrutura necessária insuficiente, gerando uma segregação evidente. Busca-se neste trabalho esta análise com base no estudo de caso do Residencial Buena Vista dentro do contexto urbano da cidade de Goiânia, que teve seus primórdios na década de 30, com grande desenvolvimento durante a ditadura militar, e um urbanismo caracterizado pelos assentamentos destinados à Habitação de Interesse Social gerando um traçado atual repleto de vazios urbanos e contínua construção de loteamentos voltados para classe mais baixa da população em locais cada vez mais afastados e desprovidos de infraestrutura.

Biografia do Autor

  • Fernanda Nunes Borges, Universidade Estadual de Goiás
    Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás, cursando o 9º período.
  • Mayumi Yoshida Carrijo, Universidade Estadual de Goiás
    Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás, cursando o 8º período
  • Kharen Baptista Profeta, Universidade Estadual de Goiás
    Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás, cursando o 10º período.
  • Pedro Henrique Gonçalves, Universidade Estadual de Goiás
    Arquiteto e urbanista pela Universidade Estadual de Goiás (2009), mestre pela Universidade Federal de Goiás (2013) e professor na Universidade Estadual de Goiás.

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Publicado

2015-07-15