A CASA E A CIDADE: FRONTEIRAS ELÁSTICAS
Resumo
A cidade, esvaziada pelas imposições da globalização de sua função de espaço de encontros e trocas dos indivíduos, torna-se inóspita e árida para seus habitantes. A casa, inserida na concretude da cidade, assume um papel de aglutinadora de significados e apresenta-se como abrigo, quando na sua domesticidade e intimidade acolhe o homem, também é refúgio, quando se torna lugar seguro contra as adversidades do mundo exterior. Paralelamente, a informação trazida pelo desenvolvimento tecnológico expande os limites da casa quando a conecta com o mundo. A comunicação de rede possibilita aos indivíduos novas forma de se relacionar e, neste cenário, o contato virtual acontece em escala e caráter diverso do contato efetivo. Este estudo busca compreender estas novas fronteiras elásticas entre a casa e a cidade, este movimento de expansão e recolhimento que a contemporaneidade parece determinar. A expectativa é que a observação desta dinâmica traga subsídios para o desenvolvimento de um estudo mais aprofundado da relação da casa com a cidade que a envolve.