‘BARRE’ A CASA DE DIA E SE DEITA NO ‘TRAVESSEIRO’ À NOITE: DISTRIBUIÇÃO VARIÁVEL DE /V/ E /B/ NO FALAR PERNAMBUCANO

Autores

  • Edmilson José de Sá CESA/Profletras UPE

Palavras-chave:

Variação fonética. Pernambuco. Variantes /v/ e /b/

Resumo

Propõe-se neste trabalho um estudo de variação fonética baseado no corpus do Atlas Linguístico de Pernambuco – AliPE (SÁ, 2013), com ênfase ao comportamento da fricativa labiodental /f/. Para tanto, serão usadas cartas linguísticas dos itens tra/v/esseiro, /v/arrer, /v/agem e asso/v/io, a fim de verificar as restrições que interferiram em variantes como tra/b/esseiro, /b/arrer e asso/b/io. A análise se estrutura nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista preconizada por Labov (1966) e, após distribuídos os dados no Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005), compreender-se-á o papel das dimensões diagenérica e diageracional no âmbito social e das variáveis linguísticas item lexical, vogal da sílaba alvo, extensão do vocábulo e classe gramatical, sem se eximir de apontar a distribuição diatópica dos segmentos no Estado. O respaldo teórico coube a Marroquim [1934] (1996) e Teyssier (2001) e, a partir deles, espera-se confirmar se a variante inovadora registrada com a oclusiva labial /b/ se registra em Pernambuco nos mesmos contextos apontados por Reis (2018), pois, no interior do estado nordestino, essa variante se mostrou bastante acentuada.

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Publicado

2022-06-26