O DESAFIO DA PRÁTICA DE LETRAMENTO CRÍTICO NAS AULAS REMOTAS
Palavras-chave:
Ensino remoto., Letramento crítico, Desafio.Resumo
Em razão do isolamento social decorrente da pandemia do novo Coronavírus, e da consequente suspensão das aulas presenciais, a partir de março de 2020, professores/as e alunos/as passaram a enfrentar diversos desafios, sobretudo no que se refere à prática do letramento crítico. Essa abrupta imposição da distância no cenário educacional afetou substancialmente a prática social da leitura e linguagem. Nesse contexto, este trabalho, de natureza qualitativa, fundamentado nas perspectivas críticas da educação linguística, objetiva discutir os desafios para a promoção de práticas de letramento crítico, com base em aulas de Língua Portuguesa de duas turmas de sétimo ano, com cerca de trinta e cinco alunos/as cada, numa escola pública da cidade de Anápolis, Goiás. Para esse propósito, o presente trabalho tem seu referencial teórico fundamentado em: Monte Mor (2018); Mattos (2015), Duboc e Ferraz (2011), Freire (2005), entre outros/as. Visando identificar as principais dificuldades de docentes e discentes em relação ao letramento crítico trabalhado nas aulas remotas, foi adotado como instrumento de coleta de dados a gravação de três aulas sobre o gênero textual “Notícia”, considerando-se as aulas de línguas como espaço amplo para análises de conflitos e produções de significações. Mesmo ante a ausência de estrutura, de planejamento e de investimentos adequados em inovação tecnológica, com o excesso de atividades e conteúdos propostos, os/as professores/as demonstraram, desde o início, enorme esforço para conseguir alcançar os resultados esperados. Os/As alunos/as, porém, demonstraram desânimo e até mesmo desinteresse, revelados pela drástica redução da participação nas plataformas do ensino remoto.