AVALIAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DE DOCENTES DE LÍNGUA PORTUGUESA ACERCA DO GÊNERO NEUTRO

Autores

  • Aline Kelen Rodrigues da Silva Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Crenças e Atitudes. Língua Portuguesa. Gênero Neutro.

Resumo

O presente trabalho objetiva, sob a ótica da Sociolinguística Variacionista (LABOV, HERZOG; WEINREICH, 2006[1968]; LABOV, 1964, CÂMARA JR, 1986, CARVALHO, 2002-2009; FARACO 2001; FERNÁNDEZ, 1998, GONÇALVES, 2020 e VIEIRA, 2018), analisar as crenças e atitudes linguísticas de professores(as) de Português  acerca do uso do gênero neutro Em uma perspectiva sociolinguística, é possível analisar a neutralização de gênero no Português Brasileiro  sobretudo no que tange à avaliação das formas neutras  por profissionais de Língua Portuguesa, os quais têm um contato mais direto com a estrutura da língua. Partiremos de concepções relacionadas à caracterização da mudança linguística sobre os padrões de marcação e produtividade de gênero gramatical na língua, com a intenção de observar como os professores estão reagindo aos novos vocábulos derivados do uso do gênero neutro, se abordam o tema em suas aulas e como o fazem. Dessa forma, será possível verificar as diferentes atitudes de professores quando têm contato com o gênero neutro. O método de coleta dos dados se deu por medição direta, com um questionário adaptado na plataforma digital Google Forms. Mediante as atitudes linguísticas que foram manifestadas pelos participantes, os resultados demonstram que o processo de aceitação e/ou rejeição do gênero neutro é condicionado, sobretudo, por fatores sociais, como a identidade de gênero, e que cada professor(a) manifestou graus de aceitabilidade diferentes acerca do gênero neutro.

Referências

CÂMARA, JR., J. M. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis/RJ: Vozes, 1986, p.102.

CARVALHO, N. Empréstimos linguísticos na língua portuguesa. São Paulo: Cortez, 2009.
LAMBERT, W.E. y G.R., Tucker. The bilingual education of children: The St. Lambert experiment, Rowley, M.A., Newbury House, 1972.

LÓPEZ, M. H. Sociolingüistica en Lengua española II (para Folisofia y Ciencias de la Educación). In: FERNÁNDEZ, M. F. Principios de Sociolingüítica y Sociología del lenguaje, Madrid, UNED, 1977.

SAPIR, E. Língua e ambiente. In: SAPIR, E. Linguística como ciência. Tradução Joaquim Mattoso Câmara Júnior. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1969. p. 43-62.

WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG M. I. Fundamentos empíricos para teoria de mudança linguística. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Empirical foundations for theory of linguistic change. In: LEHMANN, W.; MALKIEL, Y. (Org.). Directions for Historical Linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968. p. 97-195.

Downloads

Publicado

2022-06-26