REGISTROS DO DIVINO NEOPLATÔNICO NOS ESCRITOS DE AGOSTINHO DE HIPONA
Palavras-chave:
Agostinho de Hipona. Neoplatonismo. Plotino. Deus/Uno. Filosofia AgostinianaResumo
Agostinho de Hipona (354-430), reconhecido filósofo e teólogo maior da cristandade, em suas buscas intelectuais e de fé, especulou de maneira competente sobre diversos temas, entre eles a natureza de Deus. E o fez a partir de múltiplas imagens e ideias que reuniu ao longo de sua trajetória, marcada pela leitura de autores clássicos e pelo contato com pensadores que, religiosos ou pagãos, foram seus contemporâneos. Plotino (205-270), por certo, figura como uma das mais destacadas dessas referências. Ao assumir a análise documental como método, o presente artigo se dedica ao exame dos escritos de Agostinho, notadamente das Confissões, com a proposta de identificar neles registros – apropriados ou ressignificados – do divino à luz dos esquemas neoplatônicos de entendimento dos mundos imanente e transcendente.
Referências
AGOSTINHO, Santo. O Livre Arbítrio. Volume VIII. 2ª ed. São Paulo: Editora: Paulus, 1995.
AGOSTINHO, Santo. A Trindade.. São Paulo: Editora: Paulus, 1984.
ALMEIDA, Maria Aparecida; FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Exegese bíblica. Caminhos (Goiânia. Online), v. 14, p. 45-57, 2016.
BASCHET, Jérôme. Diabo (Verbete). In: LE GOFF, Jacques, SCHMITT, Jean-Claude (org.). Dicionário Temático do Ocidente Medieval, Vol. I, São Paulo: EDUSC, 2002. pp.319-331.
BROWN, Peter. Santo Agostinho: uma biografia. Rio de Janeiro: Record, 2005.
CARPEAUX, Otto M. História da literatura ocidental. Brasília: Senado Federal, 2008.
GILSON, Étienne. Introdução ao estudo de santo Agostinho. SP: Discurso, Paulus, 2006.
LE GOFF, Jacques. “A tentativa de organização germânica”. In: LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Trad. José Rivair Macedo. Bauru/SP: EDUSC, 2005.
LE GOFF, Jacques. “Além”. In: Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt (orgs). Dicionário temático do Ocidente medieval. Vol. 1. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2002.
LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Trad. José Rivair Macedo. Bauru/SP: EDUSC, 2005, p. 107-108.
MORRIS, Charles W. Fundamentos da teoria dos signos. Rio de Janeiro: Eldorado, 1976.
NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada da filosofia: das origens à Idade Moderna. São Paulo: Globo, 2005.
NOVAES FILHO, Moacyr Ayres. A Razão em exercício: estudos sobre a filosofia de Agostinho. São Paulo: Discurso, 2007.
PALACIOS, Pelayo Moreno. (Org.). Tempo e Razão. São Paulo: Loyola, 2002.
PLOTINO. Enéada VI, 9. Trad. Bernardo Lins Brandão. Petrópolis: Editora Paideusis, 2020.
PLOTINUS. The Enneads. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2019.
POSSÍDIO. Vida de santo Agostinho. São Paulo: Paulus, 1997.
RAMOS, Francisco M. T. A Ideia de Estado na doutrina ético-política de santo Agostinho: um estudo do Epistolário comparado com o ‘De Civitate Dei’. São Paulo: Loyola, 1984.
VASSOLER, F. R. Um diálogo entre Dostoiévski, Agostinho de Hipona e Allan Kardec: uma possível via crucis para a cicatrização do espírito? RUS (São Paulo), v. 8 n. 9, p. 66-87, 2017.