CONTROLE ALTERNATIVO DA FERRUGEM (Puccnia psidii Winter) EM DUAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO UTILIZANDO EXTRATO ETANÓLICO DE CORAÇÃO DE BANANEIRA
Autores
Nívea Patrícia Ribeiro Reges
Marcos Paulo dos Santos
Eliane Vieira Rosa
Mônica Lau da Silva Marques
Resumo
Introdução: Devido aos vários problemas ambientais causados pelos fungicidas sintéticos usados na agricultura têm-se elevado as buscas por métodos alternativos, seguros, viáveis e eficientes no controle de fungos fitopatogênicos. Com isso, a utilização de extrato de plantas no controle de doenças vegetais é uma na prática que tem sido utilizado com mais freqüência por agricultores que praticam a agricultura orgânica. Objetivo: Com o presente trabalho objetivou-se avaliar o efeito do extrato à base de “coração” de bananeira no controle da doença da ferrugem em mudas de duas variedades de eucalipto cultivadas em casa de vegetação. Métodos: O experimento foi conduzido na casa de vegetação da área experimental do Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres, as mudas foram adquiridas de viveiro certificado, passaram por período de aclimatação e em seguida foram inoculadas a partir de folhas infectadas de jambo-amarelo (Syzygium jambos), para isso, retiraram-se as pústulas e deixaram-as em imersão em água destilada para ocorrer o processo de suspensão do inóculo em mudas de eucalipto das espécies (E. citriodora e E. urograndis) com auxílio de pulverizador manual. O experimento foi implantado em delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 4, sendo duas cultivares de eucalipto e quatro concentrações de extrato (0, 50, 100 e 200 mg.L-1). Os dados obtidos foram analisados no programa estatístico sisvar, e as médias comparadas pelos testes Skott Knott e t a 5%. Resultados: As concentrações de Extrato Etanólico Bruto de Coração de Bananeira (EEBB) não influenciaram o comportamento sintomatológico da doença. Não houve interação entre as concentrações de extrato e os genótipos (E. urograndis e E. citriodora). O genótipo (E. urograndis) apresentou menor percentual de mudas na escala de nota 2, e consequentemente maior percentual de mudas curadas. Conclusão: A aplicação do Extrato Etanólico Bruto de Coração de Bananeira (EEBCB) não se mostrou ferramenta viável para o controle e a mitigação dos sintomas da ferrugem das mirtáceas em mudas de eucalipto, as mudas de eucalipto da espécie E. urograndis foram mais tolerantes a doença da ferrugem das mirtáceas que mudas de E. citriodora, sendo uma boa opção para plantio em locais onde casos da doença vêem sendo relatados.