Breves reflexões em torno das literaturas indígenas:
usos éticos na escola
Palavras-chave:
Literaturas indígenas, Usos éticos, EscolaResumo
Este trabalho envolve reflexões pontuais sobre as literaturas indígenas e seus usos éticos na escola, bem como um relato da experiência de planejamento e execução de atividades orientadas por textos literários indígenas desde uma perspectiva decolonial. O trabalho é fruto de um Curso de Formação para professores em História e Cultura Indígenas oferecido pela ANPUH-GO e pela UEG. Nossas reflexões giraram em torno da nomeação das assim chamadas literaturas indígenas, dos recursos que elas mobilizam e do problema de como abordá-las perante a conceituação de “plantation cognitiva” de Jota Mombaça (2020). No planejamento das aulas, baseamo-nos em textos de Daniel Munduruku (2009 e 2016) e Tiago Hakiy (2011) e, além do objetivo geral de tecer reflexões sobre os indígenas, procuramos nas aulas atender aos seguintes objetivos específicos: (i) problematizar e desconstruir pré-conceitos relativos aos povos indígenas; (ii) refletir sobre o papel da transmissão oral dos povos tradicionais e seu amplo uso de mitos, lendas e poemas; (iii) estabelecer comparações entre os povos indígenas e a nossa sociedade ocidentalizada com ênfase nas formas nativas de pedagogia. Esses objetivos foram parcialmente executados, visto que a execução das atividades foi interrompida por uma greve na educação. Ainda assim, acreditamos que o trabalho reflexivo propiciou um planejamento de sucesso e, no mínimo, reflexões introdutórias junto aos alunos.