Bem-estar de equinos em estabelecimentos equestres
Resumo
O presente trabalho objetivou-se mostrar os prejuízos ao bem-estar animal causados pelo manejo incorreto de animais estabulados. Os cavalos, originalmente, eram selvagens e de vida livre, porém a aproximação destes com o ser humano, tornou a espécie um animal doméstico, e hoje um pet não convencional, que deixou de viver predominantemente em áreas rurais, mas a viver também em áreas urbanas, em condições que geralmente não suprem as necessidades de espaço e alimentação dos animais. Por conseguinte, cavalos criados intensivamente, em situação de estabulação e que praticam pouco exercício; não têm a companhia de outros cavalos e recebem alimentação à base de grãos, concentrados e pouco volumoso estão mais propensos a desenvolverem algumas doenças ou problemas específicos. Logo, é notória a necessidade da realização do método para avaliar o bem-estar animal pelas “As Cinco Liberdades” por observação de aspectos sobre a saúde física e mental dos animais além de sua relação com o ambiente. Neste contexto a inadequação do bem-estar pode afetar no comportamento do equino, em problemas anômalos e estereotipias como: morder a baia, aerofagia, fazer movimento de cavar o solo, chutar a porta da baia e outros considerados comportamentos anormais e estereotipias que podem ser observados em animais estabulados em decorrência da frustração do animal por ser privado de manifestar seus comportamentos naturais. Alguns estudos já comprovaram que animais que ficam 4 horas livres apresentaram mais atividades anormais a que os animais que ficaram 10 horas livres. Então, é necessário que o criador saiba como manter o animal nestes estabelecimentos equestres; em que condições precisa mantê-lo e principalmente quanto tempo este animal pode ficar fechado sem interferir o seu bem-estar, a fim de evitar maiores prejuízos ao animal.
