Escola Pública Bilíngue

(re)leituras sobre o desenvolvimento profissional docente a partir de espaços educativos

Autores

Resumo

Partimos do pressuposto de que a escola pública bilíngue, a partir de seus professores e pelo engajamento às práticas sociais, pode assumir a linguagem também pelos seus espaços educativos para materializar conhecimentos coletivos e colaborativos. Ademais, entendemos que espaços como o pátio, o refeitório, os corredores imprimem significado às práticas de linguagem, quando organizados de maneira intencional. Por isso, objetivamos compreender as  relações de sentido dos espaços educativos de escolas públicas bilíngues com o desenvolvimento profissional docente (Marcelo, 2009; Nóvoa, 2022) em interface à educação linguística (Jordão, 2018). O percurso metodológico se constitui qualitativamente, por viés de pesquisa participante, cujo objeto de análise são fotos de espaços educativos, fotografadas por professores de duas escolas públicas bilíngues que traduzem elementos à educação linguística e convergem à identidade docente. A partir disso, nos debruçamos sobre aspectos que indicam como os espaços da escola bilíngue podem assumir processos de ensinar e de aprender constitutivos de procedimentos interpretativos, maneiras de ser e estar, de se relacionar e de repensar as possibilidades de renovação da escola. Nesse sentido, nossas perspectivas sobre formação docente estabelecem relações de sentido sobre desenvolver-se profissionalmente em uma escola pública bilíngue. Para tanto, algumas conclusões posicionam a translinguagem como uma práxis de linguagem, que para além dos repertórios linguísticos, incide na identidade coletiva docente, no modo como leem, ligam-se e negociam sentidos aos contextos de ação e de cotidianidade escolar. Na escola pública bilíngue, os espaços também nos falam, e portanto, se inscrevem em nós, nos formam professores.

Biografia do Autor

  • Katiúscia Raika Brandt Bihringer, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

    Professora de Língua Inglesa, graduada em Letras - Inglês (2004), pós-graduada em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares (2005) e mestre em Educação (2018) pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), onde atualmente é doutoranda e investiga conceitos de desenvolvimento profissional docente e translinguagem. Tem experiência no ensino de Língua Inglesa como professora da Educação Básica desde 2000. Foi gestora escolar nos anos de 2009 a 2012. Atua na formação inicial e continuada de professores da Educação Básica. Integra o grupo de pesquisa em Formação de Professores e Práticas Educativas (GPFORPE- FURB) e Plurilinguismo na Educação (GPPLURI - FURB). Coordena o grupo de pesquisa em Práticas Pedagógicas na Educação Básica (GPPEB - UNIDAVI) como pesquisadora convidada.

  • Daniela Tomio, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

    Doutora em Educação Científica e Tecnológica, Mestre em Educação, Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas. Docente pesquisadora na Universidade Regional de Blumenau, nos cursos de Pós-graduação em Educação (PPGE), e em Ensino de Ciências Naturais e Matemática (PPGECIM) e na graduação na área Educação, Ciência e Pesquisa. Trabalha na formação inicial e continuada de professores da Educação Básica e do Ensino Superior. Atua e pesquisa principalmente nas seguintes áreas: Contextos formais e não formais de práticas educativas e formação docente na Educação Básica e em Educação Científica; Comunicação Pública da Ciência. Coordenadora da Rede Internacional de Clubes de Ciências (RICC). Membro da Rede Interinstitucional de Pesquisas sobre a Formação e as Práticas Dcentes (RIPEFOR). Membro do Coletivo de Extensão HABITAT.

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Publicado

2023-12-04

Edição

Seção

GT 4 - FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES DE LÍNGUAS PARA CRIANÇAS