SE O ESTADO INDUTOR É A REGRA, A “PRODUTIVIDADE É O NOME DO JOGO!”: UMA REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE AS FORMULAÇÕES DO EX-MINISTRO DELFIM NETTO
Resumo
O objetivo deste artigo é possibilitar uma discussão teórica sobre os conceitos de “Desenvolvimento Econômico”, “Estado Indutor” e “Produtividade”, elaborados pelo ex-ministro e professor de economia Antônio Delfim Netto. Para tanto, porém, partiremos a priori da colocação da seguinte possibilidade investigativa: consideramos que as formulações explicativas e conjunturais do Delfim Netto, explicitadas em seus artigos publicados, semanalmente, em veículos de comunicação, tais como: O Estado de S. Paulo, Carta Capital, Valor Econômico e Folha de São Paulo, são expressões de classe capitalista dos gestores. Por sua vez, tal esboço teórico será abalizado pelas reflexões teórico-metodológicas do marxismo do teórico português João Bernardo. Conceitos tais como: “Unidades de Produção Particularizadas”, “Condições Gerais de Produção”, “Estado Restrito”, “Estado Amplo”, “Lei do Valor” e “Gestores”, fornecerão, a princípio, a angularidade precisa para alcançarmos a inteligibilidade necessária para apreender a relação que se estabelece entre as ideias deste tecnocrata e o Estado e as classes sociais no Brasil durante o período referente às suas respectivas produções conceituais. Por fim, para realizarmos o diapasão adequado entre a investigação (leitura) das fontes e a interpretação da atuação institucional do Delfim Netto necessário se faz o uso do aporte estratégico advindo da obra de Lucien Goldmann. Ao nos fornecer os conceitos: “Visões de Mundo”, “Máximo de Consciência Possível”, “Consciência Real”, “Estruturas Significativas”, Goldmann nos capacita a ter um olhar mais sensível à relação objeto e realidade histórica.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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