PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA CACIQUE JOSÉ BORGES: PRÁTICAS INTERCULTURAIS E SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS TAPUIA
Resumo
O estudo está vinculado à Sociolinguística Educacional e discute o projeto político-pedagógico da Escola Estadual Indígena Cacique José Borges no que diz respeito às práticas sociolinguísticas da sala de aula e à educação intercultural a que a escola se propõe. A referida escola pertence à Área Indígena do Carretão, também chamada de Fazenda dos Tapuia, que localiza-se no Vale do São Patrício, nos municípios de Rubiataba e Nova América, a aproximadamente 340 km de Goiânia, a capital de Goiás. Os Tapuia são resultado de uma política indígena de aldeamento que surgiu no século XVIII no território goiano. Durante muito tempo, esse povo viveu problemas relacionados à perda de suas terras. No entanto, a partir da década de 1970, os Tapuia passaram a criar estratégias de luta a favor do cumprimento de seus direitos e vêm, aos poucos, reinventando sua “indianidade”. A reconstrução da identidade do povo encontra-se também nas práticas de ensino de sua língua materna, o português tapuia, uma variedade do português brasileiro. Os conceitos de educação intercultural, de colonialidade e de sociolinguística educacional são discutidos, neste estudo, como forma de embasamento à reflexão acerca do projeto político-pedagógico da escola tapuia e de sua proposta de ensino de língua.Downloads
Publicado
2015-12-01
Edição
Seção
Artigos