A prova oral de inglês na visão do aluno: revendo princípios da avaliação da aprendizagem
Resumo
Parte inseparável do processo de ensino-aprendizagem de línguas, a avaliação não é tarefa simples (HUGHES, 2003), e avaliar a produção oral, especificamente, geralmente implica enfrentar desafios e dificuldades reconhecidos há décadas (BROWN; YULE, 1983). Tendo em vista a relevância da oralidade, o amplo papel da avaliação no ensino-aprendizagem de todas as habilidades linguísticas e a importância de se discutir a avaliação na formação dos professores de línguas (SCARAMUCCI, 2016), este trabalho tem como propósito apresentar questões relevantes sobre avaliação oral no ensino de inglês levantadas por alunos e o modo como elas se apresentaram no processo. Trata-se de um recorte de uma pesquisa qualitativa de natureza etnográfica (BOGDAN e BIKLEN, 1998; PATTON, 2002), realizada em um centro de línguas público do Distrito Federal em 2016/2017, cujos dados foram coletados através de entrevistas, questionários e observação/gravação de aulas. A análise dos dados sugere que os aspectos apontados, como desalinhamento entre ensino e avaliação, ou ainda critérios e objetivos pouco definidos, afetaram, de diferentes maneiras, a qualidade da avaliação.