A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE INGLÊS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS IMPLICAÇÕES DAS LEGISLAÇÕES SOBRE ESTE ENSINO
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo conhecer e discutir a formação profissional dos professores responsáveis pelo ensino de inglês na educação infantil (EI) de Guarapuava, Paraná. Caracterizando-se como um estudo de caso, analisa a realidade de duas escolas do município, sendo uma privada e a outra pública. A geração de dados envolveu questionários acerca da trajetória profissional das participantes, bem como entrevistas individuais sobre o tema. Enquanto na escola privada a professora possuía formação em turismo, com subsequente habilitação para o trabalho como licenciada, na escola municipal as aulas só eram possíveis por meio de um programa de voluntariado organizado por uma escola de idiomas, representado por duas estudantes do ensino médio atuantes na turma em questão. Os voluntários deste programa são formados por um curso breve promovido pela escola responsável, envolvendo questões desde o manejo das aulas para crianças da EI até a revisão e eventual ensino da língua em foco. Na escola pública, as famílias envolvidas afirmam sentirem-se agraciadas pelas aulas dessa língua para suas crianças de até 6 anos, ao passo que diversas outras não são acolhidas pela falta de pessoal. As questões da oferta não ordenada deste ensino, ainda que pareçam alheias à discussão da formação dos professores, são na realidade intrinsecamente ligadas. Acredita-se que, com a recente publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a oferta de Educação Plurilíngue, a definição de um percurso de formação inicial para os profissionais interessados na área, bem como melhores condições de formação continuada para estes possa tornar-se, pouco a pouco, uma realidade. Todavia, entende-se que é preciso o acompanhamento da implementação destas diretrizes e que as mesmas representam um marco para a área, porém apenas em termos iniciais, restando inúmeros aspectos a serem debatidos.
