Emoções e Educação Linguística com Crianças

Resumo

As vivências humanas são carregadas por diversas emoções que expressam suas narrativas. Contudo, em diversas situações, o olhar social sobre as emoções é pontuado como irrelevante para o entendimento dessas histórias, pois a razão, em inúmeros momentos, é considerada em detrimento da emoção. Assim, no contexto educacional, nota-se, muitas vezes, um ensino pautado no esquecimento das emoções dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem, pois esses aspectos geralmente são vistos como negativos nesse cenário, conforme pontuado por Andrade (2011). Isso, por sua vez, demonstra um quadro voltado à incompreensão de diversas situações que envolvem o indivíduo em sua formação, o que evidencia a relevância de uma proposta de educação que seja crítica. Diante disso, é necessário considerar a importância que as emoções exercem no desenvolvimento de cada sujeito, especialmente as crianças, pois, segundo Vieira (2018), elas são agentes sociais no processo de ensino e aprendizagem. Por conseguinte, refletir sobre esse aspecto na educação linguística com crianças é essencial, já que a língua exterioriza suas histórias e narrativas. Ou seja, não somente aspectos gramaticais precisam ser estudados, mas como eles se interligam com as dimensões culturais, críticas e sociais de cada estudante, como argumentado por Ferraz e Nascimento (2017). Desse modo, neste trabalho, discutiremos essa temática baseada em teorias que enfocam como os processos de ensino-aprendizagem de uma língua adicional conectados com o reconhecimento das emoções podem ser significativos na compreensão das identidades. Trata-se de um estudo qualitativo que destaca a relevância e a necessidade das emoções estarem presentes no ensino de língua inglesa já que são intrínsecas às subjetividades de cada criança. Esperamos que este trabalho fomente reflexões sobre as relações entre educação linguística com crianças e emoções.