EXPERIÊNCIA VIVIDA, NARRATIVA COMPARTILHADA:

FORMA DE (RE)EXISTIR E (RE)AVALIAR A PRÁXIS PÓS-PANDEMIA SOB O OLHAR DOS MULTILETRAMENTOS E LETRAMENTOS DIGITAIS

Autores

Resumo

Docentes tiveram suas práxis desafiadas diante das instabilidades e incertezas vividas durante a crise da Covid-19, o que modificou a rotina da sala de aula e os espaços de ensino-aprendizagem. Assim, inspiradas em uma perspectiva outra de ensino, que valoriza as multimodalidades, as múltiplas linguagens e as formas plurais de construir sentidos, buscamos neste trabalho trazer os resultados parciais de uma pesquisa de iniciação científica voluntária realizada na Universidade Estadual de Ponta Grossa em 2021-2022, com o objetivo de discutir a formação de professores e os multiletramentos no contexto da pandemia de Covid-19 e a autorreflexão a respeito da práxis. Entendemos que a reflexão sobre os multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009) e sobre as práticas docentes no período do ensino remoto (CARNIN; LOCATELLI, 2021) auxilia professores em formação a utilizarem criticamente as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) em prol do protagonismo e do trabalho colaborativo. Além da revisão bibliográfica, a pesquisa qualitativa interpretativista envolveu a reflexão sobre a práxis (ZEICHNER, 2008), a observação de aulas e a pesquisa narrativa (NACARATO, 2018). Os resultados indicam que a pandemia exigiu dos docentes a superação de uma série de desafios: problemas técnicos (uso dos computadores e plataformas), físicos (distanciamento professor-aluno), didáticos (adaptação às metodologias diferenciadas) e controle (emocional e didático) para lidar com as mudanças. Apesar das dificuldades, é possível perceber inovações de cunho positivo que nos fazem refletir criticamente sobre nosso ensino para atender às novas necessidades da sala de aula e dos alunos. As experiências compartilhadas em momentos de crise (TARC, 2020) podem auxiliar docentes em formação a experimentarem metodologias didático-pedagógicas diferenciadas em sala de aula a fim de promover uma educação linguística crítica, igualitária e justa.

Palavras-chave: Formação de Professores. Multiletramentos. Práxis. Narrativa. Pandemia.

 

Biografia do Autor

  • Isabel Cristina Vollet Marson, Dra., UEPG

    Isabel Cristina Vollet Marson é licenciada em Letras Português-Inglês pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2002), especialista em Ensino Aprendizagem de Línguas Estrangeiras (2004) pela mesma universidade, mestre em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná (2007) e Doutora em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná (2019). Participou do Programa Doutorado Sanduíche no Exterior (PSDE) da CAPES na Penn State University, University Park, Pennsylvania, nos Estados Unidos da América de agosto de 2018 a fevereiro de 2019. Atua como profesdora adjunta do Departamento de Estudos da Linguagem (UEPG), é coordenadora do Projeto de Pesquisa Formação de Professores, Multiletramentos e Inglês como Língua Franca. Seus interesses de pesquisa são na área de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, formação de professores, multiletramentos, inglês como língua franca, práticas translíngues, tecnologias digitais de informação e comunicação e internacionalização das universidades.

  • Júlia Beatriz Krüger Riewe, acadêmica, Universidade Estadual de Ponta Grossa

    Júlia Beatriz Krüger Riewe é acadêmica do Curso de Letras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Participou do Programa de Iniciação Científica Voluntária entre 2020-2021, no projeto guarda-chuva intitulado "Formação de Professores, Multiletramentos e Inglês como Língua Franca", sob orientação da Profa. Dra. Isabel Cristina Vollet Marson.

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Publicado

2022-12-16