ESTUDOS DA TRADUÇÃO E A TEORIA DOS POLISSISTEMAS
Resumo
As problemáticas que a atividade tradutória implica expuseram a importância de sua teorização tanto para o estabelecimento de tais questões como objeto de estudo quanto para a ratificação de aspectos extralinguísticos existentes na tradução em suas diversas modalidades. Nessa perspectiva, o presente estudo explora o problema de em que medida compreender a tradução como recurso interacional pode proporcionar a comunicabilidade humana. Assim, serão apresentadas neste trabalho algumas considerações gerais acerca de tradução e, consequentemente, de cultura, linguagem e sociedade, que originarão a Teoria dos Polissistemas e a grande significação que essa corrente possui em relação às explorações tradutórias. Objetiva-se reconhecer as possibilidades de recursos fornecidos pela Teoria dos Polissistemas e a importância da consideração de tais interferências para concretizar a relevância da tradução como objeto de estudo. Para tanto, autores como Faria (2009), Jakobson (2007), Katan (2012), Geertz (2008) e Hall (1997) ancorarão as reflexões propostas. O estudo compõe-se mediante pesquisa qualitativa de levantamento bibliográfico. Os resultados nos levam à compreensão de acerca do que é a tradução e qual seu papel extralinguístico fundamental dentro de nossa sociedade simbólica. Compreendemos que a tradução como recurso interacional pode proporcionar a comunicabilidade humana afinal todo processo de comunicação está submetido à subjetividade humana, à fatores externos, internos, culturais e suas inferências nos processos de significação. Assim, diante das perspectivas expostas, é possível apreender a ratificação dos estudos da tradução no cenário atual, bem como a relevância que a exploração de suas complexidades possui para o estabelecimento de tal estudo ancorado além das questões linguísticas.