A DERIVA E O CROQUI URBANO COMO MEIO DE PERCEPÇÃO DA CIDADE NO ENSINO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Resumo
O artigo aqui apresentado abordará o uso do croqui de observação como ferramenta de percepção da paisagem urbana pelo aluno de arquitetura e urbanismo. Historicamente as cidades sempre foram o lugar do encontro, das feiras, das praças e parques, enfim, sempre foram para as pessoas. E atualmente vivemos em um momento sem precedentes na história das cidades, a crise nos sistemas de transporte, a ausência de políticas eficientes para a mobilidade e o planejamento urbano que prioriza o uso do automóvel vem acarretando em cidades hostis para as pessoas. Neste contexto, questionamos o papel dos cursos de arquitetura e urbanismo na formação de profissionais que futuramente serão responsáveis diretos pela produção do espaço urbano, seja nos aspectos teóricos ou práticos. Deste modo, é de extrema importância a percepção real das cidades na escala intraurbana pelos futuros arquitetos e urbanistas, e não somente a produção acadêmica que se limita ao ambiente fechado das salas de aula. Ao considerarmos a paisagem como a parcela visível da produção do espaço urbano entendemos que é preciso sentir a cidade assim como faziam os situacionistas. Este artigo foi elaborado a partir das experiências acadêmicas com derivas e croquis urbanos de três estudantes do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Estadual de Goiás. Nosso objetivo será demonstrar, tanto por uma revisão bibliográfica quanto pelo relato destas experiências a utilização das derivas e dos croquis urbanos como métodos aplicados no processo de formação e percepção da paisagem do futuro arquiteto e urbanista, aproximando-o dos conflitos, complexidades e contradições nas cidades contemporâneas.Downloads
Publicado
2018-10-13
Edição
Seção
GT 6 (2015) - História, Memória e Sociedade 5 trabalhos