Ensino de Língua Inglesa no ensino regular e na Educação de Jovens e Adultos (EJA): um estudo comparativo

Autores

  • Samara Castilho Corcelli De Souza Câmpus de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas
  • Natália Barcelos Santos Câmpus de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas

Resumo

Para uma sociedade que busca conhecimento e crescimento econômico, é indispensável investir em educação e é dela que virão futuros que contribuirão para uma nação melhor desenvolvida com habilidades e competências em um nível técnico profissional mais avançado. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a partir da quinta série do ensino fundamental, é necessária a inserção de pelo menos uma língua estrangeira moderna cuja escolha fica a cargo dos responsáveis pela escola, dentro das possibilidades de cada instituição. Sabemos o quanto seria válido se realmente os alunos obtivessem acesso total a esse ensino; porém, não é isso que acontece. Infelizmente, por ser uma matéria obrigatória, as escolas geralmente montam um conteúdo sem verificar a relevância e a realidade dos alunos. Observa-se, ainda, que no geral os materiais didáticos utilizados para o ensino de língua estrangeira não recebem a atenção devida, por parte das escolas e dos professores. O resultado é um ensino maçante e cansativo que leva os alunos a desenvolverem uma aversão pela língua estrangeira, pelo simples fato de não conseguirem compreender uma língua que até então estava totalmente fora de seu contexto. O ensino de língua estrangeira torna-se, assim, uma atividade mecânica, enfocado apenas na assimilação de estruturas gramaticais, sem dar ênfase a situações conversacionais. Para agravar ainda mais o quadro aqui desenhado, ainda há problemas de pouca carga horária, falta de profissionais fluentes e inadequação dos conteúdos para o público a que o ensino é dirigido. Diante do acima exposto, nossa compreensão é de que deveria haver um investimento em profissionais da área com cursos técnicos, viagens para o exterior para o real aprendizado da língua estrangeira para que assim houvesse uma maior possibilidade de um ensino mais eficiente. Geralmente, quem gosta e quem quer realmente aprender a língua acaba optando por entrar em cursinhos de inglês, só que não é uma possibilidade para a grande maioria dos alunos, pois esses cursos costumam ser caros e fora da realidade dos estudantes de escola pública. Por ser uma matéria complicada e de difícil acesso para esses indivíduos, eles acabam ignorando-a, o que acaba por dificultar o trabalho de professores que desejam realmente ensinar o idioma, visto estar o aluno fechado e sem motivação para o aprendizado. O ensino da EJA foi criado para que todas as pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar no tempo certo ou tiveram que interromper seus estudos, tenham a possibilidade de aprimorar seu conhecimento, trocar experiências e alcançar uma melhor oportunidade de trabalho. Esse ensino, por ser destinado a um segmento específico, necessita de um material diferenciado adaptado aos reais interesses de alunos que possuem realidades um pouco mais desfavoráveis. Sabemos que a grande maioria dos alunos da EJA trabalha para manter sua família, para se manter e, como a maioria estuda no turno noturno, acabam por chegarem exaustos e sem motivação para tal aprendizado. Assim, a atividade docente torna-se uma tarefa bem difícil para o professor de língua estrangeira que trabalha no programa da EJA, pois ele se depara com a difícil missão de despertar naquele aluno adulto a vontade de aprender um idioma que muitos não veem necessidade nenhuma de aquisição. Muitos fatos da realidade dos estudantes da EJA não contribuem para a eficácia no ensino: a grande maioria tem uma idade mais avançada e não possui disposição e nem vontade para aprender uma nova língua na etapa de vida em que se encontra. Daí surgem os frequentes questionamentos e indagações: Para qual motivo, ou para que isso vai me servir? Não preciso aprender inglês! Não vai me servir para nada! Para que eu vou aprender isso se nem tenho contato com quem fala? Nunca vou para fora do Brasil para me comunicar com um estrangeiro! Estas, entre outras, são as perguntas ou indagações feitas para o professor do ensino do EJA, diante das quais nos perguntamos: Como o professor deve agir em tal situação? O que ele deve fazer para combater essas crenças que circulam entre os alunos da EJA? Esta apresentação tem como objetivo discutir a realidade do ensino de língua estrangeira - inglês - nas duas realidades (ensino regular e EJA), bem como refletir sobre o posicionamento de alunos e professores diante dessa realidade.

 

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Relato de Experiência