ORIENTAÇÃO ACADÊMICA E REVISÃO TEXTUAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO TRABALHO DE CURSO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE GOIÁS
Resumo
Nesta comunicação, serão apresentados os resultados preliminares de uma pesquisa que se propõe a observar o desenvolvimento, ao final do curso de graduação, da produção do chamado Trabalho de Curso (TC), processo este em que se tem observado que muitos alunos demonstram sentir certas dificuldades, em razão possivelmente do baixo conhecimento linguístico e de um quase total desconhecimento da forma que o referido gênero textual exige para ser apresentado a uma banca de defesa. Nesse contexto, entra em cena o orientador acadêmico – aquele que, oficialmente, é o responsável pelo acompanhamento de tal produção, prática fundamental e determinante no desempenho científico dessa produção escrita. Nessa pesquisa, a ênfase recai, por questões de delimitação do tema, sobre o orientador de TC da área de Letras (Licenciatura). Tal especificação se deve ao fato de ser este o profissional o qual, em geral, é considerado apto a realizar trabalhos de revisão de texto escrito e copidesque, ainda que não tenha passado por treinamento específico – e, sendo assim, no processo de orientação de TC se apoie somente em sua facilidade de entender e “dominar” a língua materna. Como o fenômeno foi identificado na Universidade Estadual de Goiás (UEG), esta foi a instituição escolhida para a realização da pesquisa. Com base em estudos sobre a formação e a função do orientador e do revisor/copidesque, pretende-se pesquisar a relação orientador-texto-orientando, por meio da análise de interferências realizadas e de ferramentas e suportes utilizados no processo de intervenção dos orientadores nos TCs de seus orientandos. Para tanto, a pesquisa basear-se-á em estudiosos da área de orientação acadêmica, tais como: Silva e Ximenes (2002), Oliveira (2011), Bianchetti e Machado (2012), Castro (2012), Simões (2012), Warde (2012), Haguette (2012), Riolfi e Andrade (2013) e em documentos oficiais da UEG (2007, 2010); assim como basear-se-á em estudiosos da área de revisão textual e copidesque, como: Faria Guilherme (1967), Barbato (2008), Coelho Neto (2008), Malta (2000), Rocha (2010), Aguiar (2011), Oliveira (2010, 2011, 2012), entre outros.