O EFEITO DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA NO ENSINO DE LEITURA E COMPREENSÃO TEXTUAL.

Resumo

O presente trabalho é o relato de pesquisa em andamento, desenvolvida no intuito de contribuir para a problematização do ensino de leitura numa perspectiva sociointeracionista. O recorte foi feito com base em uma amostra construída a partir da aplicação prática de aulas de leitura planejadas e desenvolvidas conforme os pressupostos da aprendizagem colaborativa, em duas turmas de 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública situada na cidade de Goiânia, Goiás. Partindo dos pressupostos vygotskianos de que a aprendizagem acontece, primeiramente, de forma interpsicológica ou interpessoal e, posteriormente, de forma intrapsicológica ou intrapessoal (Vygotsky, 1998), a pesquisa em questão visa a apurar o efeito da proposta de aprendizagem colaborativa nas aulas de leitura em Língua Portuguesa como língua materna. Para a garantia de que este trabalho se enquadre nos pressupostos da aprendizagem colaborativa, o referencial teórico está fundamentado em estudiosos que dialogam temáticas voltadas a esse princípio como a aprendizagem colaborativa por Figueiredo (2006), Sabota (2006); os níveis de letramento para a proficiência da leitura (Soares, 1993), (Rojo, 2009), (Sim-Sim, 2007), a necessidade de um planejamento bem definido para as aulas de leitura (Cafiero, 2010); as formas de mediação de ensino (d’Ávila, 2001), o modelo espiral de ensino (Toschi, 2001), o princípio dialogal de ensino (Martin-Barbero, 1995); a forma como as crianças desenvolvem os processos psicológicos superiores (Vygotsky, 1998), dentre outros, além do Plano de Desenvolvimento da Educação/SAEB (2011), que apresenta os descritores de leitura, os quais tomamos como parâmetro para a avaliação da proficiência de leitura dos alunos partícipes nesta investigação. Esta pesquisa se enquadra na tipologia qualitativa e diante da intervenção prática pelo pesquisador na rotina das salas de aula da escola campo, consideramo-la inserida também no teor metodológico da ‘pesquisa-ação’, apoiando-nos, para tal consideração, em Tripp (2005). Por meio de análise documental, entrevistas, questionários, observação participante e aplicação prática de aulas de leitura, estruturaremos este trabalho na intenção maior de elencar os pontos observados, favoráveis e ou desfavoráveis, em relação à proposta de aprendizagem colaborativa.