GOIÁS COLONIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA - UMA CARTOGRAFIA “LUSO INDÍGENA”

Autores

  • Eunice de Oliveira Rios
  • Reidner Matheus Fernandes
  • Gabriela Rodrigues Sousa

Palavras-chave:

América Portuguesa, Goiás Colonial, cartografia indígena, cartografia sertanista.

Resumo

Desde a “descoberta” do Brasil, os portugueses demonstraram interesse em buscar riquezas minerais. Na trilha do ouro (SP, MG, MT) chegou-se às “Minas dos Goyases” (1725). O interior desconhecido era habitado por populações nativas, cuja experiência secular permitiu o acumulo de conhecimentos necessários à sobrevivência. Hábeis caminhantes percorriam longas distâncias, sinalizando a jornada, traçando o itinerário na areia, compondo a “geografia ou descrição natural” da sua viagem. A cultura indígena foi assimilada pelos bandeirantes, sertanistas, engenheiros militares, missionários e aventureiros, originando a cartografia do sertão cujas representações apresentavam elementos singulares: “primitivismo” ou “arcadismo indígena em que o traçado esquemático era definido pela rede hidrográfica”... (CORTESÃO, 2006:233). Com as descobertas auríferas e diamantinas a Coroa portuguesa buscou conhecer e controlar suas possessões americanas, para tanto fez uso da cartografia sertanista (mescla de elementos da cultura ameríndia com os da lusitana). Roteiros e mapas foram produzidos, marcando caminhos e rotas das minas, o sertão foi “ordenado, mediado, delimitado e fixado”. Fundamentados no corpo teórico da História da Cartografia, da Semiologia Gráfica e da Geografia busca-se identificar o território goiano em documentos cartográficos do século XVII ou XVIII e suas principais características.

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Publicado

2016-11-07