ENTRE O RURAL E O URBANO: UMA RELAÇÃO DE TROCA?
Resumo
São amplas as discussões que podem ser levadas em consideração acerca do debate das relações de troca entre o rural e o urbano. Tentar esclarecer algumas duvidas comuns a esta temática é o objetivo deste trabalho, colocando para a reflexão algumas considerações sobre a tensa e complexa trama que compõe a interação campo-cidade. De acordo com Maria do Carmo Galvão (2007) percebe-se que na maioria das vezes a cidade assume o papel hegemônico em relação ao campo, dominando através de sua demanda e força atrativa a quantidade, forma e técnica da produção rural. A conseqüência direta desta relação de subordinação, na maioria das vezes, tem causado entre outros problemas o de êxodo rural. Nota-se que o campo a cada dia mais perde parte de sua população por questões que são de fácil percepção, entre as quais podemos destacar a dificuldade de financiamento da produção agrícola para a pequena propriedade. Muitos camponeses migram do meio rural para o meio urbano na busca de encontrar na cidade algo que não se tem no campo. A predominância da ideologia urbana acaba sendo um forte fator para a migração do campo para a cidade. Uma possibilidade interpretativa que busque integrar o campo e a cidade em uma analise integradora, inserida em uma concepção de unidade da diversidade, poderia apresentar explicações mais concretas sobre a relação campo-cidade. A partir de um estudo teórico desta temática, com autores como Manuel Correia de Andrade e Maria do Carmo Galvão, nota-se que há assim, estreita relação complementar entre o rural e o urbano. Se o campo não produzir compromete-se a divisão social do trabalho gerador da diferenciação rural e urbano. Neste âmbito podemos destacar que o meio rural e o meio urbano são dependentes de ambas as partes e estas fazem por si só o conceito que conhecemos por relações de troca entre o urbano e o rural.