A TRANSIÇÃO DA GEOGRAFIA AGRÁRIA NA DÉCADA 1970
Resumo
Até a década de 1970 a geografia agrária tinha sua base empírica no pensamento positivista, onde o que importava era a concretude conceitual, com a construção de uma análise “objetivista” de visualizar a realidade. As transformações ocorridas depois desse período na Geografia Agrária tiveram significado importante. Primeiro como pensar esta disciplina visando novas tecnologias e suas técnicas no processo de modernização da agricultura. Segundo variadas preocupações no contexto social do campo, buscando uma leitura dialética, integrada ao problema da estrutura agrária e as relações de trabalho desenvolvidas no Brasil. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar o processo de transição teórico-metodológica da década de 1970 na Geografia Agrária avaliando para isto o processo de modernização da agricultura e as mudanças sociais no campo. Essa transição com a introdução da Geografia Agrária em uma lógica dialética de pensamento, buscando situar a agricultura, mais significativo do que simplesmente no papel de ser fonte de abastecimento da população, dando mais visão no desenvolvimento agrário e seus problemas. Entendemos, com a leitura de autores como Maria do Carmo Corrêa Galvão e Manuel Correia de Andrade, que parte dos trabalhos deste processo de mudança procurou entender as relações entre campo e cidade. A primeira autora, por exemplo, destaca a necessidade de pensar o campo e a cidade em uma perspectiva do espaço como totalidade real e concreta, construída e produzida pelas relações entre os homens e destes com a natureza. Abre-se um campo, pelo menos inicial, de uma análise marxista do campo brasileiro.Downloads
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2014-02-03
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