A RELIGIÃO COMO PRÁXIS LIBERTADORA: DIOCESE DE GOIÁS 1970-1980
Resumo
A religião é um fenômeno que no século XIX foi combatida por cientistas clássicos como Karl Marx, Sigmund Freud e outros como sendo um elemento ilusório e que por isso levaria a classe subalterna a não se engajar na luta pela transformação social. A teologia da libertação assume, especialmente na América Latina, o instrumental de análise sociológica marxista e se torna por assim dizer uma religião na contramão. A Diocese de Goiás sob o episcopado de Dom Tomás Balduíno é um exemplo clássico, em nossa região, dessa Igreja comprometida com a classe trabalhadora. A década de 70 foi o auge deste novo modo de ser Igreja. Esse trabalho está fundamentado teoricamente de modo especial em Gramsci que redefine o conceito de religião e sua relação com os trabalhadores. O trabalho procura expressar as contradições e conflitos dentro de uma Igreja que mantém as suas ligações históricas, não rompe com Roma, não rompe com a teologia clássica, mas ao mesmo tempo assume uma postura de embate sócio-política ao lado dos trabalhadores, ao lado dos excluídos. Essa é uma realidade vivida pela comunidade local que teve muita importância na formação e na identidade, busca da autonomia e democracia, de forma especial dos trabalhadores rurais da região. A fundamentação teórica está baseada em Antonio Gramsci, que tem o tema da religião como muito caro e faz uma releitura desta questão apresentada por Marx, percebendo assim não apenas elementos de ilusão, de alienação, mas pelo contrário, elementos presentes na religião que podem contribuir com a luta dos trabalhadores.Downloads
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2014-02-04
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