FORMAÇÃO DOCENTE E TRANSIÇÃO PARADIGMÁTICA: UM PROCESSO DE RUPTURAS E REORGANIZAÇÕES NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Resumo
Que tipo de relação o professor tem com o conhecimento, com o ensino, com a aprendizagem, com os alunos? Existem diferentes formas de conceber e exercer a docência? Será que o professor tem consciência das implicações de sua maneira de ver e compreender a realidade de sua prática? Como seria estruturar a formação docente a partir do paradigma da complexidade e da transdisciplinaridade? Pensar a formação docente a partir perspectiva da complexidade e da transdisciplinaridade requer uma reforma paradigmática; um processo de mudança, no só em relação a questões metodológicas, mas também ontológicas e epistemológicas que desencadeiam novas formas de ser/conhecer e fazer. É um processo de ressignificar o ser, o conhecimento e o modo de apropriá-lo e utilizá-lo em prol de ações mais humanas, justas, comprometidas com a vida das pessoas e do planeta. O paradigma da complexidade e da transdisciplinaridade rompe com o paradigma tradicional e vislumbra uma nova perspectiva para o campo da educação, do ensino, da aprendizagem. Exercer o pensamento complexo e atitude transdisciplinar é trabalhar fora do solo firme, cristalizado, fragmentado; é operar mudanças no modo de pensar, organizar o conhecimento, a formação das pessoas e assim contribuir para novos rumos da história da humanidade a partir de uma visão global da teia da vida. Este trabalho teve como objetivo analisar se os alunos integrantes de uma pós-graduação perceberam/vivenciaram algum tipo de ruptura com a prática tradicional e ao mesmo tempo vislumbraram uma possível reorganização no processo ensino-aprendizagem no ensino superior a partir dos aspectos ontológicos, metodológicos definidos pelo paradigma da complexidade e transdisciplinaridade. A metodologia de pesquisa cotejou uma investigação de natureza qualitativa, de cunho bibliográfico e aplicação e análise de questionário. Para fundamentar esses apontamentos, o estudo ancorou em autores como Nicolescu (1999), Santos (2008), Morin (2005), Suanno (2014, 2015).Downloads
Publicado
2018-03-12
Edição
Seção
Artigos