DAS ESTRUTURAS AO ESPAÇO
NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE INGLÊS PARA CRIANÇAS
Resumo
Resumo
Definir o que é língua não é um tema novo no campo de ensino-aprendizagem. No entanto, tendo-se em vista sua centralidade, faz-se necessário de tempos em tempos o retorno a essa questão, traçando caminhos entre os significados circulantes sobre língua e as práticas docentes. Sendo assim, neste momento de maior atenção ao ensino de inglês para crianças (EIC) no país (GARCIA, 2011; VICENTIM, 2013), deseja-se apresentar alguns resultados preliminares da pesquisa de doutorado a qual este trabalho se vincula, os quais indicam a necessidade de novas discussões sobre a conceituação de língua quando se leva em conta a prática de EIC. Diante disso, percebe-se, por meio da realização de autoetnografia da prática docente da pesquisadora em uma escola pública municipal de São Paulo, ser preciso relacionar a compreensão do conceito de língua a contextos epistemológicos mais abrangentes, que ultrapassariam as visões mais tradicionalmente consolidadas na academia, como: a língua enquanto instrumento de comunicação (BISHOP; PHILLPS, 2006) e a língua como estrutura (SAUSURRE, 1993). Pensa-se que, no cenário de EIC, parece mais profícuo entender língua em termos de suas relações com recentes debates sobre as afinidades entre as práticas linguísticas translíngues e o espaço (CANAGARAJAH, 2018). Essa concepção traz à baila a noção de que os significados são produzidos a partir de variados recursos semióticos e contribui para a percepção de que estão relacionados às contingências espaço-temporais de sua produção.
Palavras-chave: Conceitos de língua. Educação linguística para crianças. Prática Translíngue.